MAIO/JUNHO, 1999 Nº 17
ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DAS JUSTIÇAS MILITARES
ESTADUAIS
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E D I T O R I A L PÁTRIA e BANDEIRAAs bandeiras, desde os primórdios, atravessaram os campos de batalha conduzindo os guerreiros às vitórias e derrotas que marcaram a história do mundo; acompanharam os heróis em todos os tempos, inclusive na morte, ornamentando os túmulos; foram hasteadas nas vitórias desportivas. De uma ou outra forma sempre nos recordam a Pátria. Não importa o momento simbólico das datas, pois estas são apenas marcos criados pelos homens para lembrarem ou esquecerem o passado. Na nossa bandeira podemos lembrar os excluídos do processo social, nas amargas palavras de Cruz e Souza, o maior dos poetas simbolistas do Brasil:
(Litania dos Pobres in Poesias Completas de CRUZ E SOUZA, Rio, Ed. Tecnoprint s/d p. 68). O que não exclui a sempre lembrada candente palavra de Rui Barbosa:
Tão certo como não há religião sem um ser supremo, não existe Pátria sem Bandeira. A essa Bandeira, símbolo de todos, devemos a flama que arde ante as calmarias e as tempestades, no afã contínuo e paciente de acender o braseiro da nossa fé no Brasil de amanhã; o Brasil, que deixou de ser semente para ser colheita; o Brasil, que deixou de ser passado para ser presente e futuro; o Brasil, que deve deixar de ser promessa para ser realidade. É possível vislumbrar no verde-amarelo a esperança material de um povo que anseia ser senhor de suas riquezas; no azul, a expressão espiritual de um princípio anterior e interior que todos devemos acolher, na senda de um processo de evolução que não podemos esquecer; no branco, plenitude das cores, a paz, a harmonia completa e universal, uma utopia que precisa ser por nós transformada para a bem-aventurança de nossos filhos. As cores e formas geométricas não simbolizam a concretização da obra do indivíduo, mas sim do coletivo, cuja perfeição é ideário a ser alcançado por todos que vivem nesta terra. Cada brasileiro, independente de classe social, é detentor e tem a mesma parcela de construção da verdadeira nação que ela representa. Que essa responsabilidade possa ser um elo indissolúvel entre todos nós para que, sendo grande a sua glória, perene a sua beleza e poderosa a sua força possamos, ungidos pelo Grande Arquiteto do Universo acolher em nossos corações a eterna tríade de todos os povos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. |
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Pronunciamento do Deputado Alberto Fraga (PMDB/DF) em Sessão do Plenário em 13/09/99. |